O que fazer em Praga em 2 dias: roteiro completo com dicas e mapa
Índice
Visão geral e roteiro
Praga, meu caro, é aquele tipo de lugar que te faz andar de boca aberta o tempo todo. Sabe aquela cidade que parece ter saído de um livro medieval ilustrado? É isso. Em dois dias dá pra ver muita coisa, sim! Mas já aviso: vai bater perna, vai subir ladeira e vai se apaixonar perdidamente por essa mistura de conto de fadas com cervejarias descoladas.
O roteiro que montei aqui é pra você aproveitar o melhor da capital tcheca em dois dias inteiros, mesclando os pontos turísticos clássicos (Castelo de Praga, Ponte Carlos, Relógio Astronômico) com experiências mais locais, tipo tomar uma gelada no Náplavka ou relaxar num beer spa (sim, isso existe e é tudo de bom!).
Pra te situar rapidinho:
- Dia 1: Castelo de Praga, Malá Strana, Ponte Carlos, Relógio Astronômico, Old Town e noite na Praça Venceslau.
- Dia 2: Parque Letná, Torre Petřín, uma pausa na ilha Střelecký, Vyšehrad, e happy hour no Náplavka com direito a cerveja artesanal tcheca!
Ah, e em vários momentos vou te soltar umas “Tips do Ti” – sacadas que só um viajante vivido (e enrolado em uns perrengues chiques) pode te contar.
Como chegar • Quando ir • Onde ficar
Chegar em Praga é fácil demais. Tem voo direto de vários hubs da Europa, tipo Frankfurt, Paris e Viena. Se estiver por perto, o trem é uma boa também – a estação principal (Praha hl.n.) é centralzona e super conectada. Ah, e andar por lá? Pé na rua, meu filho! Praga é cidade de andar e se perder (de propósito).
Melhor época pra ir? Primavera (abril-maio) e outono (setembro-outubro) são perfeitos. Temperaturas agradáveis, menos turistas e uma luz dourada que deixa qualquer selfie digna de moldura. Mas se for no inverno, se prepara pro friozão… e pros mercadinhos de Natal que transformam a cidade num cenário mágico!
Onde ficar:
- Pra localização top: Staré Město (Cidade Velha).
- Pra charme e tranquilidade: Malá Strana.
- Pra economia esperta: Holešovice, com vibes locais e preços camaradas.
Tip do Ti: Não precisa alugar carro em Praga! Estacionar é um caos, e o sistema de tram + metrô dá conta do recado. E se cansar, chama um Uber baratinho.
Castelo de Praga e a Catedral de São Vito
Começa logo com o pé na porta do rolê: o Castelo de Praga! É o maior castelo antigo do mundo, e lá dentro você encontra a Catedral de São Vito, o Palácio Real, o Beco Dourado (com as casinhas coloridas onde Kafka morou!) e muito mais.
A dica aqui é chegar cedo, tipo antes das 9h, porque as filas são brabas e o complexo é gigante. Dá fácil pra passar 3 horas por lá. Os ingressos variam conforme o combo que você escolher, mas o Circuito B (o mais completo) custa cerca de CZK 250 (R$ 55).

Dá pra explorar os jardins sem pagar nada, mas se quiser entrar nos edifícios, já compra o ingresso online pra evitar perrengue. E se quiser entender a história todinha, rola um tour guiado em português – super recomendo se for sua primeira vez.
Depois da visita, desce a colina e já emenda um almocinho gostoso em Malá Strana, bairro que vem logo abaixo (e é o próximo tópico que a gente vai explorar no segundo bloco!).
O charme de Malá Strana e o Lennon Wall
Malá Strana é aquele bairro que parece que parou no tempo, mas sem perder o estilo. Ruazinhas de paralelepípedo, casas barrocas, ruelas que te fazem sentir num filme de época e aquele cheirinho de pretzel quentinho no ar… É aqui que Praga mostra seu lado mais romântico e menos lotado de turista.
Depois de descer do castelo, dá um pulo no U Mlynáře, restaurante tradicional tcheco ali na Nerudova. Goulash, pato assado com dumplings de batata e, claro, uma Pilsner gelada pra acompanhar. Combo perfeito.
Caminhando por ali, tu vai dar de cara com o Lennon Wall, um mural grafitado em homenagem ao John Lennon, mas que virou símbolo da liberdade durante a era comunista. Todo dia tem algo novo pintado, e a vibe é sempre positiva. Ah, e não perde a chance de ver a rua mais estreita de Praga, a U Lužického semináře — ela tem um semáforo só pra pedestre porque só passa uma pessoa por vez!
Tip do Ti: Se for entre novembro e meados de 2025, essa ruela vai estar em reforma. Mas ainda dá pra ver o mural do lado e dar aquela fotinha esperta.
Ponte Carlos: atravessando a história
Atravessar a Ponte Carlos (Charles Bridge) é tipo entrar num portal pro passado. Construída no século XIV, ela conecta Malá Strana ao centro antigo e é toda enfeitada com 30 estátuas barrocas. E ó: vá cedo ou vá tarde da noite se quiser fugir das multidões — durante o dia, parece Black Friday em shopping.

Enquanto cruza a ponte, escuta músicos de rua tocando jazz, clássicos tchecos ou até Beatles. Tem pintor, caricaturista e vendedores de bijuteria — tudo ali, emoldurado pelo céu de Praga e o Rio Vltava brilhando lá embaixo.
No meio da ponte, tem a estátua de São João Nepomuceno. Dizem que se você tocar na plaquinha com as estrelinhas e fizer um pedido, ele se realiza. E eu não vou mentir: pedi e deu bom. 😜
Relógio Astronômico e a Old Town Square
Chegando na Old Town Square, é impossível não ficar de queixo caído. É o coração batendo forte de Praga. A praça é enorme, cercada de construções góticas, barrocas e renascentistas, e o destaque, claro, é o Relógio Astronômico de Praga (Orloj). O bichinho é medieval e, a cada hora cheia, tem um showzinho com apóstolos desfilando pelas janelinhas. Parece simples, mas todo mundo para pra ver. E vale, viu?
Se estiver por lá perto das 12h ou 13h, chega uns 10 minutinhos antes pra pegar lugar bom na frente.
Explora a praça com calma. Entra na Igreja de Týn, dá uma volta pelas ruelas ao redor, experimenta um trdelník (doce tradicional que parece um rolinho de açúcar com canela) e se perca sem pressa.
Perrengue chique do Ti: me perdi real numa viela atrás da praça e acabei encontrando uma galeria de arte moderna incrível, que não tava nos planos. Melhor erro do dia.
Praça Venceslau e os bares criativos de Praga
A Praça Venceslau (Václavské náměstí) pode parecer “só mais uma avenida larga”, mas segura essa: foi palco de protestos históricos, revoluções e discursos que mudaram a história da República Tcheca. Hoje, mistura shopping, bancos, lojas, museus e muita vida. O prédio imponente no topo? É o Museu Nacional, que vale a visita nem que seja só pra ver a arquitetura por fora.
Ali pela região, o clima é mais comercial, mas quer saber? À noite, é aqui que as coisas esquentam. Se você curte experimentar uns drinks diferentões, vai amar o Anonymous Bar — meio escondido, com coquetéis inspirados em hackers, máscaras e um clima misterioso. Já o Hemingway Bar é mais sofisticado, com drinks elaborados e um absinto que parece poção de Hogwarts.
Tip do Ti: Nem pensa em beber na rua por ali! Mesmo que a cidade pareça “livre”, essa área tem fiscalização. E a multa pode doer mais que ressaca de absinto.
Parque Letná e o mirante do Hanavský Pavilion
Sabe aquela vista de Praga que parece pintura? Provavelmente foi tirada do alto do Parque Letná. Depois de uma leve caminhada (ou escalada, se subir pelo lado errado, tipo eu), você chega no Hanavský Pavilion, um pavilhão art nouveau com um mirante de tirar o fôlego. Dá pra ver os telhados avermelhados, as pontes cruzando o Vltava, o Castelo lá longe… enfim, poesia visual.

É o lugar perfeito pra fazer um lanchinho no fim da tarde, comendo um sanduba ou um strudel que você mesmo levou. Ou então, senta no Letná Beer Garden — tem cerveja barata, comida boa e uma vibe super relax.
Tip do Ti: Leva moletom, mesmo no verão. O vento lá em cima é traiçoeiro e já me fez correr de volta pro hostel numa noite gelada de agosto.
Torre Petřín e seus 299 degraus
Tá preparado pra suar? Porque subir a Torre Petřín é tipo encarar a irmã menor da Torre Eiffel, com direito a mirante em 360 graus. A torre tem 63 metros, mas como está no alto de uma colina, a vista parece mais de 200.
Você pode subir a pé (trilha puxada) ou pegar o funicular, que é uma graça. O ingresso do funicular custa uns 60 CZK (~R$ 13), e o da torre cerca de 150 CZK (~R$ 33). Dá pra combinar os dois e fazer um combo esperto.
Ao redor, o Labirinto dos Espelhos é divertido e o Parque Petřín é ótimo pra estender a visita — seja de casal (romantiquinho total) ou sozinho só curtindo a paisagem e os sinos das igrejas ao fundo.
Perrengue do Ti: Achei que dava pra subir a pé, na moral… cheguei lá em cima ofegante, suando igual pão no forno, e descobri que o funicular passava do meu lado o tempo todo.
Ilha Střelecký Ostrov: pausa verde à beira do Vltava
Depois de tanto sobe e desce, tu merece um respiro — e a Střelecký Ostrov, uma ilhazinha charmosa no meio do Rio Vltava, é o lugar ideal pra dar essa pausa. O acesso é facinho: tem uma escadinha escondida embaixo da Ponte Legií que leva direto até lá.
Esse é o tipo de lugar que os locais amam e os turistas raramente descobrem. Tem gramadão pra deitar, foodtrucks no verão, shows de jazz ao ar livre e até feirinhas de produtores artesanais. Dá pra fazer piquenique, levar um vinho (ou uma Pilsner gelada) e ficar só curtindo o reflexo da cidade na água.
Tip do Ti: Vai no fim da tarde pra ver o sol se pondo atrás do Castelo de Praga. Um dos pores do sol mais bonitos da minha vida. E olha que eu já vi o do Atacama e o de Jericoacoara!
Vyšehrad: história e vista sem muvuca
Se o Castelo de Praga é o astro principal, o Vyšehrad é tipo aquele personagem secundário que todo mundo ama. Menos turístico, mas igualmente lindo e cheio de história. Dizem que foi aqui que nasceu a cidade de Praga, e o lugar guarda ruínas, muralhas antigas, uma igreja gótica (a Basílica de São Pedro e São Paulo) e um dos cemitérios mais importantes do país.
Mas o melhor de tudo? A vista do alto das muralhas. Dá pra ver o Rio Vltava serpenteando lá embaixo, com as pontes da cidade emoldurando o horizonte. E diferente do Castelo, aqui o clima é bem mais tranquilo. Dá pra andar sem esbarrar em gente, fazer picnic, tirar foto sem ninguém atrás…
Perrengue chique do Ti: Quis pagar de local e fui andando até lá desde o centro histórico. Deu quase 5 km ladeira acima. Vai por mim: pega o metrô linha C e desce na estação Vyšehrad. Só sucesso.
Náplavka: onde Praga relaxa ao entardecer
Sabe aquele lugar que ninguém te conta, mas que vira teu cantinho favorito na cidade? Pra mim foi Náplavka. Um calçadão à beira do Vltava cheio de bares flutuantes, gente jovem, bike, cachorro, música ao vivo, cerveja artesanal… Um vibe total chill.
Durante o verão rolam festivais, mercados gastronômicos e até sessões de cinema ao ar livre. E o melhor: as mesas dos bares são tipo jangadas amarradas no rio. Eu sentei no Bajkazyl, tomei uma IPA local maravilhosa e vi o céu ficar laranja atrás da Ponte Palackého.
Tip do Ti: Vai com calma na caneca de 1 litro de cerveja, porque ela desce fácil demais. E guarda um espaço no bolso pra comprar queijos e pães artesanais nas feirinhas de sábado.
As cervejarias artesanais mais autênticas da cidade
Se tem uma coisa que Praga entende, meu parceiro, é de cerveja. E não tô falando só da famosona Pilsner Urquell, mas também de um mundaréu de cervejarias artesanais que tão bombando pela cidade.
Uma das mais clássicas é a U Fleků, aberta desde 1499! É uma mistura de cervejaria, restaurante e show de música folclórica. A cerveja preta da casa é cremosa e levinha, mesmo parecendo densa. E ainda rola aquela comida tcheca pesada (e deliciosa) pra rebater o álcool.
Já o Letná Beer Garden (aquele mesmo do mirante) tem uma seleção de cervejas locais e um ambiente descontraidão, com mesa coletiva e vista panorâmica. Se quiser uma experiência mais moderna, vai no Dva Kohouti no bairro de Karlin — mistura de cervejaria artesanal e bar hipster, com torneiras direto dos tanques e street food da boa.
Tip do Ti: A maioria dos bares vende a cerveja em caneca de meio litro. Se pedir uma pequena (malé pivo), os locais podem te olhar torto. Vai na de 0,5L e mostra que é de respeito. 😄
Dica extra: o inusitado beer spa de Praga
Tu já ouviu falar em spa de cerveja? Pois em Praga isso é real, e não é pegadinha! O lugar mais famoso é o Beer Spa Bernard. Funciona assim: tu entra numa sala privada com uma banheira de madeira cheia de água morna misturada com lúpulo, malte e levedura — os ingredientes da cerveja, sacou?
Enquanto relaxa na imersão, tem uma torneira do lado da banheira pra tu se servir à vontade da cerveja Bernard. É tipo um banho de cerveja com open bar. E ainda rola massagem, lareira acesa, snacks… um luxo inusitado que só Praga entrega.
Custa em média CZK 1.300 (~R$ 285) por 1 hora (duas pessoas), mas vale cada centavo pela experiência única.
Perrengue chique do Ti: Saí do spa meio zonzo e achei que dava pra ir andando até o hostel. Me perdi bonito e fui parar num pub gay onde ganhei outra cerveja de graça. Praga, nunca te critiquei!
Mapa dos pontos turísticos
🗺️ Roteiro Visual: Praga em 2 dias
Confira no mapa abaixo os principais pontos turísticos do nosso roteiro completo em Praga, organizados pra você!
Conclusão: Praga é mais que um conto de fadas
Sabe aquele destino que você não sabia que precisava até colocar o pé? Praga é esse lugar. Ela mistura a grandiosidade da história com o calor da cerveja artesanal, o charme das ruas de pedra com a modernidade de bares escondidos que servem coquetéis com fumaça e glitter.
Em dois dias dá pra ver muita coisa, sentir o clima boêmio da cidade, se encantar com o som dos sinos da Catedral de São Vito e ainda brindar com um canecão no Letná Beer Garden vendo o sol se por. Claro que fica aquele gostinho de “quero mais” — e quer saber? É exatamente isso que faz Praga ser inesquecível.
Então, meu conselho? Vai com sede — de cultura, de história e, por que não, de cerveja.
Conta nos comentários qual foi o lugar mais inusitado que você já tomou uma cerveja! Valem histórias de perrengue, brindes aleatórios ou bares escondidos no meio do nada 🍻👇
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FAQs
1. Vale a pena visitar Praga em apenas 2 dias?
Vale sim! Em 2 dias dá pra ver as principais atrações como o Castelo de Praga, Ponte Carlos, Old Town e ainda curtir experiências locais como um beer spa ou passeio no Náplavka.
2. Onde comer bem e barato em Praga?
Lugares como o Lokál, Café Louvre e food trucks na ilha Střelecký são opções autênticas e com preços honestos. E claro, cerveja quase sempre custa menos que água!
3. É seguro andar a pé por Praga?
Muito! A cidade é considerada segura, principalmente nas áreas turísticas. Só fique atento com batedores de carteira em locais movimentados como a Old Town Square.
4. Preciso de visto para visitar a República Tcheca?
Brasileiros não precisam de visto para turismo por até 90 dias no Espaço Schengen. Só tenha passaporte válido e seguro de viagem.
5. Qual moeda levar para Praga?
A moeda local é a Coroa Tcheca (CZK). Evite usar euros diretamente, pois o troco pode sair desfavorável. Leve CZK ou use cartão de crédito.