O que fazer no Cairo em 3 dias: roteiro com pirâmides e museus com mapa

Visão geral e roteiro

Imagina uma cidade que te faz viajar no tempo a cada esquina. O Cairo é exatamente isso: uma mistura de caos, buzina, milênios de história e momentos que parecem cena de filme. Com três dias por lá, dá pra montar um roteiro redondinho que mistura pirâmides monumentais, museus cheios de relíquias faraônicas, mesquitas deslumbrantes, comida boa e até um mercadão digno de novela das nove.

Esse roteiro é perfeito pra quem vai ao Egito pela primeira vez e quer experimentar o melhor do Cairo sem virar refém do trânsito (spoiler: ainda assim, vai pegar trânsito rs). Segue comigo!

Como chegar • Quando ir • Onde ficar

Como chegar:
Do Brasil não tem voo direto, então a jogada é ir com companhias tipo Emirates, Turkish, Ethiopian ou Qatar Airways. Dá pra combinar com uma parada em Dubai, Istambul ou Doha e já fazer um combo de viagem massa. O Aeroporto Internacional do Cairo fica a uns 45 minutos (sem trânsito, o que é raro) do centro da cidade.

Quando ir:
Vai por mim: vá entre novembro e março. O clima é mais ameno (tipo uns 20°C durante o dia), e dá pra bater perna sem desidratar. Evita os meses entre junho e agosto, porque o calor é absurdo e o vento quente do deserto não perdoa. E outro detalhe: se puder, fuja do Ramadã — muita coisa fecha ou funciona em horário reduzido.

Onde ficar:
Você tem dois caminhos: ficar no centro do Cairo ou colado nas pirâmides, em Gizé. Eu optei por um hotel com vista pra pirâmide (o Mena House Hotel é surreal!), e acordar vendo a Quéops foi tipo sonho de criança realizado. Mas se quiser algo mais urbano e próximo de restaurantes, museus e lojinhas, o Conrad Cairo ou o Kempinski Nile Hotel são opções top.

1º Dia no Cairo: das pirâmides ao pôr do sol

Necrópole de Gizé: Quéops, Quéfren, Miquerinos e Esfinge

Cara, nada te prepara pro momento em que você dá de cara com a Grande Pirâmide de Quéops. Eu já tinha visto mil fotos, vídeos e documentários… mas quando ela surgiu no horizonte, ali do carro, eu só conseguia repetir “mano do céu” igual um disco riscado.

A Necrópole de Gizé é um complexo que inclui as três pirâmides mais famosas do Egito — Quéops (a maior), Quéfren (com aquela base de calcário branco ainda visível) e Miquerinos (a menorzinha) — além da famosa Esfinge, aquele leão com cabeça de faraó que guarda o platô há mais de 4 mil anos.

Atividades imperdíveis:

• Entrar na pirâmide de Quéops (se não for claustrofóbico)
• Subir até o mirante que mostra as três pirâmides de frente pro deserto
• Tirar aquela foto clichê “encostando” na pontinha da pirâmide (eu tentei… ficou péssima)
• Visitar a Esfinge e tentar entender como ela ainda tá ali, firme e forte

Tempo médio de visita: de 3 a 4 horas (vai por mim, é cansativo no calor)

Horários: diariamente das 8h às 17h

Preço: Entrada no complexo: EGP 540 (~R$ 90), e mais se quiser entrar nas pirâmides

Tip do Ti: Leva água, chapéu, óculos escuros e repelente. Ah, e cuidado com os golpistas que se fingem de guias ou querem “só tirar uma foto sua”. Spoiler: vão pedir gorjeta depois.

Saqqara e a Pirâmide de Djoser

Depois de Gizé, partimos pra Saqqara, que é tipo a mãe das pirâmides. Lá fica a Pirâmide de Degraus de Djoser, construída pelo arquiteto Imhotep (sim, aquele mesmo da múmia no filme). É mais antiga que as de Gizé e tem uma vibe diferente, meio mística. O lugar é menos cheio e dá pra andar com mais calma.

Atividades imperdíveis:

• Ver a Pirâmide de Djoser de pertinho
• Explorar tumbas com hieróglifos e arte funerária bem preservada
• Visitar mastabas e entender como os egípcios curtiam a “vida pós-morte”

Tempo médio de visita: 1h30 a 2h

Horários: das 9h às 17h

Preço: Entrada por volta de EGP 180 (~R$ 30)

Perrengue chique: Um senhor me ofereceu um passeio “grátis” até o fundo do sítio arqueológico. Topei. Depois ele me cobrou 50 libras por “ser meu fotógrafo particular”. Eu ri e paguei — o cara mandou bem nas fotos, confesso.

Memphis Museum e o Colosso de Ramsés II

Última parada do dia foi em Memphis, antiga capital do Egito. Lá tem um museu ao ar livre com esculturas colossais e relíquias espalhadas por todo canto. O destaque? Uma estátua gigantesca de Ramsés II que tá deitado sob um galpão. Impressionante.

Atividades imperdíveis:

• Ver o Colosso de Ramsés II de perto (mais de 10m de altura!)
• Caminhar entre esfinges, colunas e estátuas antigas
• Imaginar como era a cidade 3 mil anos atrás

Tempo médio de visita: 1h

Horários: das 8h às 17h

Preço: EGP 100 (~R$ 17)

Tip do Ti: Se tu não for do tipo apaixonado por arqueologia, dá pra pular essa parte e investir mais tempo nas pirâmides ou no Museu Egípcio. Vale mais a pena, juro.

2º Dia: mergulho na história do Egito

Museu Egípcio do Cairo e o tesouro de Tutancâmon

Se o Cairo fosse um videogame, o Museu Egípcio seria o chefe final da fase histórica. Cara, são mais de 120 mil artefatos dentro daquele prédio cor-de-rosa na beira da Praça Tahrir. E quando eu digo artefato, eu não tô falando de umas pecinhas aleatórias não… Tô falando de múmias de verdade, sarcófagos ricamente decorados, joias milenares e, claro, o lendário tesouro do Tutancâmon.

O lugar é meio bagunçado, parece que o tempo ali dentro parou nos anos 80, mas é exatamente isso que dá charme. A sala da múmia real é um mix de espanto e respeito. Eu entrei meio rindo, saí arrepiado.

Atividades imperdíveis:

• Sala do tesouro de Tutancâmon (inclui a máscara de ouro mais famosa do mundo!)
• Sala das múmias reais (com Ramsés II, inclusive)
• Galerias com papiros, estelas, estátuas, caixões e amuletos

Tempo médio de visita: 2h30 a 3h (se for fã hardcore de Egito Antigo, reserva mais)

Horários: das 9h às 17h

Preço: EGP 450 (~R$ 75), com taxa extra pra ver as múmias

Tip do Ti: Contrata um guia ou usa áudio-guia, senão muita coisa vai passar batido. Ah, e deixa pra comprar souvenir depois — os preços lá são inflacionadíssimos!

Praça Tahrir e a história recente do Egito

Logo ali do lado tá a famosa Praça Tahrir, símbolo da revolução de 2011. Eu lembro de ver os protestos pela TV, mas pisar lá dá outra dimensão. A praça em si é simples, mas o que ela representa é gigante: o poder da galera na rua, gritando por liberdade.

Hoje ela é bem policiada, tem um clima tenso, mas também um ar de esperança. Ver os moradores andando, os camelôs vendendo chá e os ônibus passando no caos me fez sentir parte do cenário. Tirei umas fotos discretas e fiquei só observando a vida pulsando ali.

Atividades:

• Passar e observar o movimento (sem levantar o celular em tudo, tá?)
• Fotografar de forma respeitosa, especialmente se houver militares por perto
• Sentar num café nas redondezas e só assistir ao vai-e-vem

Tempo médio: 30 a 40 minutos (ou até mais se quiser absorver o ambiente)

Perrengue chique: Tentei tirar uma selfie e um policial me mandou baixar o celular. Achei que ia ser preso, mas ele só não queria bagunça. Dei um sorriso, agradeci em “chucram” e saí andando devagarinho…

A Cidadela do Cairo e a Mesquita de Muhammad Ali

No topo de uma colina, a Cidadela de Saladino oferece uma das vistas mais incríveis da cidade. Mas o grande destaque ali é a Mesquita de Muhammad Ali, também conhecida como Mesquita de Alabastro. Eu juro que quase chorei quando entrei — é tudo branco, dourado, com um pé direito altíssimo e uma paz que te abraça na hora.

A cidadela foi construída pra defender a cidade de cruzadas, mas hoje é o melhor mirante da cidade. Em dias claros, dá até pra ver as pirâmides no horizonte!

Atividades imperdíveis:

• Entrar na Mesquita e tirar o sapato (leva uma meia maneira, rs)
• Observar a cidade de cima, especialmente no pôr do sol
• Visitar outros prédios dentro da cidadela, como o Museu Militar

Tempo médio de visita: 1h30 a 2h

Horários: das 8h às 17h

Preço: EGP 200 (~R$ 34)

Tip do Ti: Vai com roupa adequada (ombros e joelhos cobertos) e prepara o coração. O lugar é realmente mágico, e o silêncio lá dentro é daqueles que faz a gente se ouvir por dentro.

3º Dia: mercados, doces e contrastes modernos

Khan el-Khalili: compras e caos organizado

Se o Cairo fosse um perfume, o Khan el-Khalili seria a essência: intenso, exótico e marcante. Esse mercado é uma loucura sensorial — tem cheiro de especiarias, som de buzina misturado com chamada pra oração, cor em cada canto e uma overdose de estímulos visuais que vai te deixar meio tonto (no bom sentido).

É o lugar perfeito pra comprar lembrancinhas, treinar a arte da barganha e mergulhar de cabeça na vida real cairota. Só se liga, porque aqui todo mundo quer te vender algo. E vender bem. Prepare o psicológico e o bolso!

Atividades imperdíveis:

• Comprar papiros, camisetas “I ♥ Cairo”, narguilés, especiarias, lenços e bugigangas em geral
• Tomar um chá de hibisco no tradicional Café El Fishawy (desde 1773!)
• Trocar ideia com os vendedores — mesmo que só pra rir do “my friend, my price for you is special!”

Tempo médio de visita: 2 a 3 horas (ou mais, se se perder como eu)

Horários: a maioria das lojas abre das 9h até umas 20h

Perrengue maroto: Fui comprar um lenço por 30 libras, e o vendedor pediu 150. Brinquei que ia dar só 20, e ele disse “vai embora então”. Dei as costas e… ele me chamou de volta com um sorriso e aceitou. Dica de ouro: nunca aceite o primeiro preço.

El Abd Patisserie: a tentação doce do Cairo

Depois do caos do mercado, bora adoçar a alma. A El Abd Patisserie é uma doceria egípcia clássica que virou ponto turístico. Fica numa esquina super movimentada da Talaat Harb Street, e a vitrine já hipnotiza com doces árabes que parecem obra de arte.

Se você curte baklava, basbousa e konafa, vai passar mal de felicidade. Os sabores são intensos, com muito mel, nozes, tâmaras e texturas diferentes. E o melhor: é barato pra caramba.

Atividades imperdíveis:

• Provar o basbousa com amêndoas
• Levar uma caixinha de doces sortidos pra casa
• Tomar um suco natural bem gelado (experimenta o de manga!)

Tempo médio de visita: 30 a 40 min (se conseguir sair rápido de lá…)

Preço: a partir de EGP 10 por doce (~R$ 1,80)

Tip do Ti: Evita ir à noite ou depois do jantar — a doceria bomba de gente e a fila pode desanimar. Vai no meio da tarde, como se fosse um lanche dos deuses 😋

Cairo Festival City Mall: o lado moderno da cidade

Quer ver o contraste mais maluco do Egito? Depois de tanta relíquia e poeira histórica, visita o Cairo Festival City Mall. Parece que você foi teleportado pra Dubai ou Miami: lojas internacionais, fonte com show de luzes, Starbucks, Zara, Apple Store e até pista de patinação.

É o lugar pra comprar com ar-condicionado e wi-fi. E sinceramente? Depois de 2 dias respirando areia e desviando de carroça no meio da rua, é uma pausa merecida.

Atividades imperdíveis:

• Fazer compras em lojas como H&M, Adidas e Sephora
• Comer num dos restaurantes da praça gourmet com vista pro lago
• Assistir ao show de luzes na fonte, que rola no fim da tarde

Tempo médio de visita: 2h a 3h

Horários: das 10h às 23h

Tip do Ti: Use esse momento pra comprar algo “não egípcio” — um chip de celular, carregador extra, uma farmácia confiável, ou até um perfume top pra neutralizar o cheiro de narguilé dos dias anteriores 😅

Mapa de pontos turísticos

Conclusão: o Cairo é intenso – e inesquecível

O Cairo é um soco de realidade e um abraço da história ao mesmo tempo. É aquela cidade que te desafia, te confunde, te assusta um pouquinho — mas depois te conquista pra sempre.

Ver as pirâmides de perto, sentir o cheiro de especiarias no mercado, barganhar em árabe quebrado, atravessar ruas no modo “vida louca”… Tudo isso vira lembrança que gruda na pele. E quer saber? É pra isso que a gente viaja. Pra se sentir vivo.

Se tiver só 3 dias no Cairo, esse roteiro vai te mostrar o essencial. Mas se puder ficar mais, se joga. O Egito é gigante, mágico e cheio de camadas. Só vai com o coração aberto — e com lencinho na mochila, que a areia não perdoa!

Conta nos comentários qual foi seu maior perrengue viajando por aí! Aposto que o do Cairo vai entrar fácil no top 3 😂

FAQ – Perguntas frequentes

1. Vale a pena visitar o Cairo mesmo com pouco tempo?
Demais! Em 3 dias você vê o essencial: pirâmides, museus, mercados e até o lado moderno. É corrido, mas dá pra aproveitar MUITO.

2. Quanto custa uma viagem de 3 dias no Cairo?
Com hospedagem bacana, alimentação, passeios e entrada nos pontos turísticos, você gasta entre R$ 3.500 e R$ 6.000 (sem incluir passagem aérea).

3. É seguro viajar sozinho(a) para o Cairo?
Sim, mas com atenção. Mulheres devem vestir-se com modéstia e evitar andar sozinhas à noite. Sempre bom ter guia em alguns passeios.

4. Como se locomover no Cairo?
Uber funciona super bem e é barato. Táxis existem, mas cuidado com golpes. Transporte público é confuso — se puder, evite.

5. É preciso visto para brasileiros entrarem no Egito?
Sim! Mas você pode tirar na chegada ao aeroporto do Cairo (visa on arrival) pagando cerca de USD 25.