O que fazer em Recife‑PE no Carnaval: blocos de rua, frevo e comidas típicas
Visão geral e roteiro
Meu povo, se liga! Recife ferve o ano inteiro, mas no Carnaval a cidade atinge outro patamar de energia. É frevo nas veias, maracatu batendo forte no peito e aquele cheiro de camarão frito vindo das barraquinhas que faz qualquer dieta ir pro beleléu. Neste guia, conto, no estilo Tiago “O Explorador”, como chegar, onde ficar, quando aterrissar e o passo a passo pra viver os quatro dias (e as inúmeras prévias) sem deixar nada passar batido.
Como chegar • Quando ir • Onde ficar
- De avião: desembarque no Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes (REC). Táxi ou app resolve até o centro em 20 min (fora do rush).
- De busão: o TIP quebra um galho danado. De lá, metrô ou ônibus comum te deixam no Recife Antigo.
- De carro: BR‑101 traz você de quase todo canto do NE, mas ó, estacionar no Recife Antigo em plena folia é perrengue chique – escolha hotel com estacionamento.
Quando ir? Chega na quinta‑feira antes do Sábado de Zé Pereira pra curtir ensaios e prévias. Se puder, emenda até a Quarta‑feira de Cinzas pra pegar os bloquinhos de despedida.
Onde ficar?
- Boa Viagem: praia, muitos hotéis, vibe família.
- Recife Antigo: dentro do fervo. Acorda e já cai no bloco.
- Olinda: 10 km do centro – praticidade pra pular frevo nas ladeiras históricas.
Atrações
Galo da Madrugada
Descrição vívida
Sábado, 1º de março, 9h30. Tô ali no bairro de São José, suando glitter, quando surge o Galo gigante na Ponte Duarte Coelho. Parece que Recife inteiro resolveu acordar cedo: são mais de dois milhões de almas pulando ao som de frevo rasgado.
O que fazer lá
- Seguir o trio elétrico desde a concentração até o Marco Zero.
- Fazer aquela selfie em frente ao Galo de 28 m (leva pau‑de‑selfie, confia).
- Testar o passo da sombrinha de frevo e gravar os tombos pra posteridade.
Tempo médio: 8 h de cortejo (eita!).
Horário & preço: Concentração 9h30, dispersão ~18h. Gratuito, sem abadá.
Dica marota: Fita isolante no tornozelo evita bolha de tênis, aprendi na marra.
Bloco do Frei
Descrição vívida
Ainda no sábado, mas em Olinda, o Frei dá benção antes do batuque. A família inteira veste hábito estilizado, coisa linda!
O que fazer lá
- Receber água benta carnavalesca (é sério!).
- Percorrer o Sítio Histórico até o Convento de São Bento.
- Provar caldinho de feijão nas barracas da Rua do Amparo.
Tempo médio: 3 h.
Horário & preço: Concentra 7h30; gratuito.
Perrengue chique: Subida íngreme; vá de tênis firme, senão o joelho chora.
Bloco Mangue Beat

Descrição vívida
Chico Science sorri lá de cima quando a galera se cobre de lama escura na ladeira do Mosteiro de São Bento. É Carnaval raiz com manifesto ecológico.
O que fazer lá
- Tomar banho de argila (protege do sol e rende foto doida).
- Marchar até a Praia dos Milagres e mergulhar pra “deslamar”.
- Cantar “Da Lama ao Caos” a plenos pulmões.
Tempo médio: 4 h.
Horário e preço: Sábado, 13h, 0800.
Dica do Ti: Leva short velho, a lama não perdoa.
Bloco do Elefante
Descrição vívida
Domingão, 2 de março, Olinda vira tapete vermelho para o Elefante de estandarte dourado. Frevo de bloco lírico, cordas e sopros que arrepiam.
O que fazer lá
- Cantar o hino “Olinda, Quero Cantar”.
- Comprar sombrinha artesanal na Praça do Carmo.
- Seguir o estandarte até Guadalupe pra vista panorâmica.
Tempo médio: 3 h.
Horário e preço: 15h, na faixa.
Perrengue: Prepare a panturrilha, ladeira é lei.
Bloco do Homem da Meia‑Noite
Descrição vívida
Pensa num relógio marcando 0h01 e um boneco gigante abrindo alas nas ruelas do Bonsucesso. A orquestra ataca o frevo; o resto é história.
O que fazer lá
- Seguir o boneco até os Quatro Cantos.
- Brindar com cachaça de jambu pra esquentar.
- Dançar ciranda no final do cortejo.
Tempo médio: 2 h.
Horário e preço: 1º de março, 0h, it’s free.
Dica: Fique atento aos fios baixos – boneco é alto, mas você não.
Bloco da Saudade
Descrição vívida
Terça pré‑Carnaval, 25 de fevereiro, violinos e coro de marchinhas descem a Rua do Bonfim num clima nostálgico delicioso.
O que fazer lá
- Cantar “É de Fazer Chorar” abraçado nos amigos.
- Comprar broa de milho nas quituteiras locais.
- Caçar fantasias vintage pra foto retrô.
Tempo médio: 3 h.
Horário e preço: 19h, gratuito.
Dica: Leve lenço – a emoção pega.
Bloco Siri na Lata
Descrição vívida
Data ainda em suspense, mas a irreverência é certa: políticos, jornalistas, mascarados… todo mundo sacudindo lata cheia de pedrinhas.
O que fazer lá
- Customizar sua lata percussionista.
- Engatar papo cabeça com os figurões do Recife.
- Fechar noite no Cais da Alfândega com vista pro Capibaribe.
Tempo médio: 2 h.
Horário e preço: Confirme na semana; gratuito.
Dica: Traga protetor auricular – o chacoalhar é barulhento.
Bloco Olho d’Água
Descrição vívida
Sexta, 18h, Santo Amaro vira mar de sombrinhas coloridas. É frevo correndo solto desde 1987.
O que fazer lá
- Acompanhar a orquestra da Compesa.
- Comer tapioca quentinha na calçada.
- Ensaiar passo dobrado pra aquecer pro sábado.
Tempo médio: 3 h.
Horário & preço: Gratuito.
Dica: Chegue cedo pra pegar espaço perto da orquestra.
Marco Zero Shows
Descrição vívida
Quando o sol se põe, o palco principal do Recife Antigo acende: frevo, maracatu, axé, samba. Em 2025 a grade tinha Alceu, Elba e Maestro Forró. Então se prepara que só vem fera.
O que fazer lá
- Ver queima de fogos na abertura oficial (sexta, 20h).
- Dançar ciranda de roda com Mestra Lia.
- Comer bolinho de bacalhau nas barraquinhas.
Tempo médio: 5 h por noite.
Preço: Gratuito.
Dica: Leve capa de chuva descartável – verão recifense é chuva‑sol‑chuva.
Museu Paço do Frevo
Descrição vívida
Entre um bloco e outro, entro no prédio vermelho vivo no Recife Antigo pra entender de onde vem tanta loucura coreográfica.
O que fazer lá
- Aula relâmpago de passo básico (já incluso no ingresso).
- Ver exposição de sombrinhas históricas.
- Tirar foto pendurado no varal de partituras.
Tempo médio: 1 h30.
Horário & preço: Ter‑sex 9h‑17h, sáb‑dom 14h‑18h. R$ 10 inteira / R$ 5 meia.
Dica: Guarda‑volumes salva sua fantasia.
Mercado de São José
Descrição vívida
Artesanato, renda, bricelets, cheiro de especiarias e o som dos coquistas improvisando versos.
O que fazer lá
- Comprar sombrinha de frevo autêntica.
- Provar caldinho de sururu a R$ 8.
- Garantir lembrancinha de barro pra mãe.
Tempo médio: 1 h.
Horário & preço: Seg‑sáb 7h‑17h; entrada livre.
Dica: Pechincha é bem‑vinda, mas com sorriso no rosto.
Catamarã pelo Capibaribe
Descrição vívida
Depois de tanta ladeira, relaxo no catamarã vendo pontes coloniais enquanto a banda toca frevo light.
O que fazer lá
- Tour de 1 h pelos manguezais urbanos.
- Brinde com caipirinha de pitanga.
- Ver o pôr‑do‑sol atrás do Forte do Brum.
Horário e preço: Saídas diárias 16h. R$ 60.
Dica: Reserve online – lota rápido no feriado.
Praia de Boa Viagem

Descrição vívida
Domingo de manhã: sombra dos coqueiros, mar morninho e vendedores de queijo coalho gritando “quente, derretendo!”.
O que fazer lá
- Recuperar ressaca com mergulho.
- Pedir caldinho de camarão na barraca do Zé.
- Jogar altinha com os locais.
Tempo médio: 2 h.
Preço: Só gastando com comes & bebes.
Dica: Atenção às placas de tubarão, fique na maré rasa.
Tour Gastronômico – Restaurantes Abertos
Arvo Restaurante
- Onde: Rua Djalma Farias, 170 – Torreão.
- Horários Carnaval: Sex almoço/jantar, sáb só almoço até 16h, dom‑ter almoço/jantar, qua almoço até 16h.
- Must‑try: Favada de charque + taco de frango.
- Preço médio: R$ 90 por pessoa.
- Dica: Reserve mesa externa perto da horta pra foto verde.
Altar Cozinha Ancestral
- Onde: Rua Frei Cassimiro, 449 – Santo Amaro.
- Horário: Qui‑qua 12h‑17h.
- Must‑try: Galinha de cabidela da Vó.
- Perrengue luxo: Fileira pra foto no altar instagramável.
Quina do Futuro
- Onde: Rua Xavier Marques, 134 – Aflitos.
- Horário: Seg‑sex 11h30‑15h / 18h‑23h, sáb 12h‑15h30 e 18h‑0h, fechado dom.
- Must‑try: Atum selado + sushi de queijo coalho.
Burgogui
- Onde: Rua Jader Andrade, 168 – Casa Forte.
- Horário: Sáb 12h‑15h & 18h30‑22h; dom 11h30‑15h.
- Must‑try: Churrasco coreano + kimchi.
Reteteu Comida Honesta
- Onde: Rua Prof. Otávio de Freitas, 256 – Encruzilhada.
- Horário: Ter‑sex 12h‑15h; sáb‑dom 12h‑15h30.
- Must‑try: Carne de sol acebolada.
Voar Restaurante
- Onde: Rua Baltazar Pereira, 130 – Boa Viagem.
- Horário: Todos os dias 11h45‑16h & 19h‑0h (fecha 29/02).
- Must‑try: Arroz negro com polvo.
Bar do Cabo
- Onde: Rua Nanuque, 37 – Brasília Teimosa.
- Horário: Ter‑dom 11h‑16h.
- Must‑try: Arroz de polvo com camarão.
Conclusão
Carnaval no Recife não é só folia – é aula viva de história, sabor e resistência cultural. Bora se jogar nessa mistura? Planeja, bota fantasia, hidrata‑te e vem sentir o coração bater no compasso do frevo. Depois volta aqui e me conta nos comentários qual perrengue virou história boa!
Curtiu as dicas? Então deixa nos comentários qual bloco vai ser tua cama. Nos vemos na rua! 🥳
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