O que fazer em Lisboa em 48 horas: miradouros, pastéis de nata e fado ao vivo
Introdução
Cara, prepara o coração porque Lisboa não brinca em serviço! Em apenas 48 horas eu, Tiago “O Explorador”, vou te levar ladeira acima, miradouro abaixo, entre azulejos, guitarras portuguesas e aquele cheiro de canela que sai quentinho dos pastéis de nata. Cola comigo que a viagem vai ser intensa, mas prometo deixar tempo pra um gole de ginjinha e uma cantoria de fado que faz até português velho enxugar lágrima escondido. Temos pouco tempo pra muita coisa, então vamos nessa!
Dia 1 – Clássicos à primeira mordida
Chegada triunfal no Rossio
Quem pousa na Praça Dom Pedro IV, o famoso Rossio, sente logo o pulso da cidade. Eu costumo começar com um café pingado no Café Nicola — fica de frente pro Teatro Nacional D. Maria II e rende fotos de carteirinha. Dali saio andando até a Praça da Figueira, onde pego o elétrico 28 para encarar minha primeira subida.
Dica de parceiro: Se quiser já poupar perna, adquira antecipadamente o Lisboa Card e ganhe transporte ilimitado + descontos maravilha.
Castelo de São Jorge & Miradouro da Senhora do Monte

Cheguei no alto e, mano, que vista! As muralhas mouras rodeiam um pátio cheio de pavões metidos a donos do pedaço. Com o Lisboa Card já pula a fila e ainda sobe na Torre da Cisterna pra avistar o Tejo tilintando ao sol.
Logo depois, desço na maciota por Alfama até o Miradouro da Senhora do Monte. Ali o pôr‑do‑sol pinta a cidade de laranja e cor‑de‑rosa, e sempre tem um músico tocando “Canção do Mar” no violão. Prepare o casaco, porque venta demaaais!
Alfama de todas as eras
Alfama é labirinto de becos, roupas estendidas e cheirinho de sardinha na brasa. Entro em alguma tasca aleatória (confio no meu faro) e peço bacalhau à Brás com taça de vinho verde. Coração explodindo de alegria.
Elevador de Santa Justa e as ruínas do Carmo
De volta à Baixa, embarco no elevador neogótico de 1902 projetado por Raoul Mesnier. No topo, conecto direto ao Convento do Carmo e ando entre arcos sem teto, lembrança dura do terremoto de 1755. Foto obrigatória sob as abóbadas abertas ao céu.
Chiado, Café A Brasileira e Fernando Pessoa
Saindo do Carmo, viro à esquerda e já estou no Chiado. Paro no Café A Brasileira, tiro selfie com a estátua de Fernando Pessoa e provo uma bica (expresso). Energia recarregada para a próxima descida.
Arco da Rua Augusta & Praça do Comércio
Atravesso o Arco monumental, símbolo da reconstrução pombalina, e desemboco na imensa Praça do Comércio. Aqui pego o elétrico 15 rumo a Belém.
Tarde dourada em Belém
Belém concentra história que não acaba mais. Se o tempo apertar, faço o combo foto‑rápida: fachada do Mosteiro dos Jerónimos, passeio na rosa‑dos‑ventos do Padrão dos Descobrimentos e selfie com a Torre de Belém ao fundo. Mas paro o relógio na Fábrica dos Pastéis de Belém. Peço dois, com polvilho, canela e açúcar de confeiteiro… silêncio respeitoso para essa entidade culinária.
Dica gulosa: Pede logo meia dúzia pra viagem – o recheio cremoso ainda quentinho dura até o hotel😉.
Noite de fado em Alfama
Volto pra Alfama quando as luzes amarelas acendem. Reservei mesa no Clube de Fado (faça isso com antecedência) e deixo a guitarra portuguesa me atravessar a espinha. Uma taça de vinho do Douro e pronto, primeiro dia fechado com chave de ouro.
Dia 2 – Lisboa moderna sem perder a tradição
Manhã científica no Parque das Nações
Pego o metrô até a Estação Oriente, obra de Santiago Calatrava. Lá dentro já parece instalação futurista. Começo pelo Oceanário de Lisboa (dica: ingresso antecipado). O tanque central com peixes‑lua gigantes é hipnotizante.
Depois, subo na Telecabine e sobrevoo o Tejo. A vista da Ponte Vasco da Gama e da Torre Vasco é de fazer suspirar.

Passeio cultural na LX Factory
De “metrô” passo para comboio (trem) rumo Alcântara. A antiga zona fabril virou a descolada LX Factory. Entre grafites e containers, almoço bifana gourmet no food truck e fuço na Livraria Ler Devagar, onde as bicicletas penduradas no teto viraram marca registrada.
Arte à beira‑Tejo: MAAT e Pilar 7
Caminho pela margem até o ondulado prédio do MAAT. Exposições que misturam arte, arquitetura e tecnologia me fazem perder a hora. Atravessei a passarela, cheguei ao Pilar 7 da Ponte 25 de Abril. Subida de elevador até a plataforma transparente: adrenalina pura olhando o tráfego lá embaixo.
Tarde preguiçosa no Miradouro das Portas do Sol
De volta ao centro, pego o elétrico 12E para o Miradouro das Portas do Sol. Peço uma sangria na esplanada, estico as pernas e deixo Alfama inteira desfilar diante dos olhos. Foto clássica com telhados alaranjados e o rio reluzindo lá atrás.
Mercado da Ribeira: jantar de chef com preço camarada
À noite, paro no Time Out Market. Escolho o Polvo à Lagareiro do chef Marlen Vieira, divido uma tábua de queijos da Serra da Estrela e brindo com um copo de ginja on the rocks.
Último brinde num rooftop
Pra fechar, subo ao Topo Martim Moniz. Música leve, brisa fresca e vista 360º iluminada. Lisboa piscando pra mim, eu piscando de volta. Saúde!
Bônus – Sobrevivência lisboeta em 48 h
Depois de maratonar colina acima e abaixo, vale dominar a arte do deslocamento lisboeta. Além do Lisboa Card, existe o bilhete 24 h que cobre toda a rede de elétricos, metrô e até alguns comboios suburbanos. Compensa se você pretende saltar entre Belém, Oriente e Alfama no mesmo dia. Ah, e não subestime os tuk‑tuks elétricos: negociando bem, eles viram ótimos atalhos quando as panturrilhas pedirem arrego.
Falando em energia, reforço o estômago com duas relíquias menos divulgadas: o sanduíche de pregos no pão regado a mostarda forte na Casa Guedes do Cais do Sodré e, para acompanhar, uma cerveja artesanal da Musa — a fábrica fica em Marvila, bairro que renasceu cheio de taprooms. É o par perfeito pra quem já provou todos os pastéis e quer variar sem gastar uma fortuna.
E, claro, leve na mochila um casaco corta‑vento e protetor solar. Lisboa muda de humor rapidinho: manhã fresca, tarde de sol escaldante e brisa gelada ao cair da noite. Assim você garante conforto nas filas dos monumentos e encanto total nos miradouros sem deixar o tempo estragar a festa.
Conclusão
Ufa! Viu que dá pra viver Lisboa intensamente em 48 horas sem perder o charme? Claro que a cidade merece muito mais tempo, mas esse roteiro turbina tua primeira visita: miradouros que fazem o coração saltar, pastéis de nata que derretem na boca e fado que arrepia a espinha. Se sobrar fôlego, estica pra Sintra ou Cascais, mas não esquece: usa sapato confortável, bebe água e deixa espaço no estômago porque Portugal é pura tentação gastronômica.
E aí, curtiu o rolê? Deixa teu comentário contando qual parada te deixou mais ansioso ou manda tua dúvida que eu respondo rapidinho. E se este guia te ajudou, compartilha com o parceiro de viagem e salva nos favoritos que viagem boa é viagem planejada!
Share this content:
2 comments