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vista da floresta e do rio amazonas em manaus

Conheça Manaus em 2 dias: da Amazônia ao encontro das águas

Índice

Visão geral e roteiro

Manaus é daquelas cidades que te dá um choque cultural e natural logo na chegada. Não tem como pisar lá e não sentir a força da Amazônia te envolvendo por todos os lados – no ar úmido, nos cheiros de tucupi pela rua, no som dos barcos no porto e, claro, no jeitinho caloroso de quem vive ali.

Num roteiro de 2 dias, dá sim pra ter um gostinho da cidade — e que gostinho! A gente consegue mesclar aventura na natureza, um banho de história no Centro Histórico e ainda experimentar pratos que deixam qualquer foodie de queixo caído. E o melhor: tudo isso com aquele calor amazônico que te obriga a tomar muito açaí no caminho.

Como chegar • Quando ir • Onde ficar

Como chegar

O principal acesso a Manaus é pelo Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, que recebe voos diretos das principais capitais brasileiras. O aeroporto fica a cerca de 15 km do Centro e o trajeto de táxi ou aplicativo sai em torno de R$ 40–60.

Quando ir

A dúvida clássica: cheia ou seca?

  • Cheia (dezembro a junho): Ideal pra explorar de barco, ver o Encontro das Águas em seu auge e curtir os igapós (florestas alagadas).
  • Seca (julho a novembro): Aparecem praias fluviais e as trilhas ficam mais acessíveis.

💡 Tip do Ti: fui na cheia e recomendo demais. A floresta vira um labirinto aquático cinematográfico!

Onde ficar

Se for focar nos passeios urbanos, recomendo ficar no Centro Histórico. Hotéis como Villa Amazônia e o Taj Mahal (sim, tem um com esse nome!) são boas pedidas. Agora, se quiser esticar pra um hotel de selva, o Anavilhanas Jungle Lodge ou o Juma Amazon Lodge são experiências inesquecíveis.

encontro-das-aguas-rio-negro-rio-solimoes-manaus-1024x768-1 Conheça Manaus em 2 dias: da Amazônia ao encontro das águas Brasil Natureza e Aventura

Dia 1 em Manaus: Natureza, rios e surpresas amazônicas

Encontro das Águas: o fenômeno que não se mistura

Logo cedo, o rolê começa com o famoso Encontro das Águas, onde os rios Negro e Solimões se encontram — mas não se misturam. A diferença de densidade, temperatura e cor faz com que eles corram lado a lado por quilômetros. E sim, dá pra meter a mão na água e sentir essa divisão surreal!

O passeio de barco normalmente parte do Porto de Manaus, dura meio dia e custa entre R$ 150 e R$ 200 por pessoa com almoço incluso. No caminho, passamos por comunidades ribeirinhas, vimos casas flutuantes e até botos aparecendo de relance.

💡 Tip do Ti: Vai fotografar? Faz o passeio de manhã, quando a luz tá perfeita e os reflexos no rio ficam dignos de tela de descanso do Windows.

Comunidade ribeirinha e restaurante flutuante

Depois da divisão das águas, o barco faz uma parada em uma comunidade ribeirinha, onde é possível conhecer o modo de vida dos moradores, ver a extração de produtos naturais e, claro, comprar um artesanato local (leva trocado!).

Na sequência, o almoço rola num restaurante flutuante, geralmente com buffet de peixes regionais como o tambaqui e o pirarucu. A vibe é roots e deliciosa. Ah, e se der sorte, dá até pra ver os botos brincando ali perto!

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Bosque da Ciência e fauna da Amazônia

De tarde, bora de Bosque da Ciência, que é tipo um combo de zoológico + museu + jardim botânico. Fica dentro do INPA (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia) e é lar de espécies como peixes-boi, jacarés e ariranhas.

Ingresso baratinho (R$ 5) e abre todos os dias, exceto segunda. Ideal pra dar aquela respirada em meio ao verde e ainda aprender um bocado sobre a flora e fauna amazônica.

💡 Tip do Ti: Vá com tênis confortável e repelente no bolso. E cuidado com os macaquinhos “ladrões de lanche”!

peixe-boi Conheça Manaus em 2 dias: da Amazônia ao encontro das águas Brasil Natureza e Aventura
Turistas observam tanque do aquário do projeto peixe-boi Local: Manaus – AM Data: 06/2015 Codigo: 19ER048 Autor: Ernesto Reghran

Dia 2 em Manaus: História, cultura e sabores locais

Se o primeiro dia foi uma overdose de natureza, o segundo é um mergulho nas histórias e tesouros arquitetônicos de Manaus. Aqui é o momento de calçar o tênis, encher a garrafinha e se perder (no bom sentido) pelo Centro Histórico.

Teatro Amazonas e Largo de São Sebastião

Começa pelo Teatro Amazonas, o orgulho da cidade! Inaugurado em 1896, ele é uma verdadeira relíquia do Ciclo da Borracha. A cúpula colorida com azulejos vindos da Europa impressiona de longe, mas o interior é ainda mais deslumbrante.

A visita guiada (R$ 20 inteira, R$ 10 meia) rola de terça a sábado, das 9h às 17h. E, com sorte, dá até pra pegar um concerto da Orquestra Amazonas Filarmônica. Sensacional!

Do lado de fora, tá o Largo de São Sebastião, um calçadão charmoso com prédios históricos e muita vida local. É ali que fica o famoso Tacacá da Gisela, aquele quitute que faz a língua formigar com jambu. Coragem!

💡 Tip do Ti: Tome o tacacá no fim da tarde e assista ao movimento da praça — é o coração cultural de Manaus pulsando na sua frente.

Palacete Provincial e praças centrais

Seguindo o passeio a pé, você vai se deparar com o Palacete Provincial, onde funcionam cinco museus (sim, cinco!) com entrada gratuita. Tem desde pinacoteca até museu da polícia, e vale muito dar uma espiada nos salões que já foram sede do governo do Amazonas.

Em frente, as praças Heliodoro Balbi, Roosevelt e Gonçalves Dias formam um corredor arborizado cheio de charme, coretos, estátuas e sombra boa pra descansar entre uma selfie e outra.

Mercado Municipal e gastronomia de rua

Finaliza o dia no Mercado Adolpho Lisboa, um dos prédios mais bonitos da cidade, inspirado nos mercados de ferro da Europa. Lá dentro, o cheiro de tucupi e peixes defumados te hipnotiza!

Tem de tudo: castanha-do-pará, óleos amazônicos, ervas medicinais, biojoias e sucos de frutas que tu nunca ouviu falar. Prova o de buriti e me agradece depois!

💡 Tip do Ti: Se for comprar artesanato, dê preferência aos de cooperativas indígenas ou de ONGs. Apoiar o turismo consciente é top!


Extras imperdíveis

Museu do Seringal e a história da borracha

Um dos passeios mais diferentões que fiz em Manaus foi o Museu do Seringal Vila Paraíso, localizado às margens do Rio Negro. Chega-se lá de barco — e só isso já vale o rolê.

A visita é guiada e recria uma antiga vila dos tempos áureos do Ciclo da Borracha, com casa do barão, senzala, galpões de produção e utensílios originais da época. É um tapa cultural na cara com cheiro de látex.

Funciona de terça a sábado, das 9h às 16h. Entrada gratuita, mas o transporte de barco costuma ser pago à parte.

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💡 Tip do Ti: Leva chapéu, porque o calor na vila é de rachar a cuca. Ah, e não vai embora sem ouvir as histórias dos guias — são o ponto alto da visita!


Museu da Amazônia (MUSA) e torre de observação

Se você curte botânica, ecologia e uma boa vista panorâmica, o MUSA – Museu da Amazônia é parada obrigatória. Localizado dentro da Reserva Adolpho Ducke, ele reúne trilhas educativas, orquidário, aquários e uma torre de observação de 42 metros com vista pra floresta sem fim.

A subida na torre é intensa, mas meu amigo… a vista lá de cima é de cair o queixo e deixar o coração calmo. Dá pra ver os tons de verde da selva se perdendo no horizonte.

Abre de terça a domingo, das 8h às 17h. Entrada: R$ 20 (R$ 10 meia). A subida na torre é paga à parte (em torno de R$ 30).

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💡 Tip do Ti: Vai de tênis fechado e repelente, sempre! E não esquece de reservar com antecedência se quiser fazer visita guiada.

Passeio no Rio Negro e Lago do Janauari

Esse é um dos passeios mais completos e inesquecíveis que você pode fazer saindo de Manaus. O Day Tour Fluvial geralmente começa às 9h da manhã e inclui uma série de paradas mágicas ao longo do Rio Negro, chegando até o Lago do Janauari. E ó: é passeio de dia inteiro, com pausa pro almoço e muita emoção.

O barco costuma sair do porto da cidade e vai direto pro nado com os botos (falamos disso já já), passa pelo Encontro das Águas e segue rumo ao lago. Lá, as vitórias-régias gigantes flutuam tranquilamente na superfície, e pontes suspensas atravessam igarapés cercados de árvores centenárias. Um espetáculo da natureza.

No almoço, geralmente incluso no passeio, o esquema é buffet com tambaqui assado e pratos regionais — tudo servido num restaurante flutuante no meio da floresta.

💡 Tip do Ti: Leve chinelo extra. As passarelas no Janauari podem molhar e, se escorregar, você vai dançar um boi-bumbá involuntário.


Aldeia indígena Cipiá: uma imersão cultural

O passeio fluvial também te leva até a Aldeia Cipiá, uma comunidade indígena localizada próxima à margem do Rio Negro. Ao chegar, somos recebidos com um sorriso largo e muita curiosidade — dos dois lados, diga-se de passagem.

A visita é respeitosa e cheia de aprendizados. Os moradores apresentam danças tradicionais, explicam sobre os artefatos, artesanato, hábitos alimentares e até a cosmovisão deles. E sim, você pode (e deve!) comprar alguma peça como lembrança e apoio à comunidade.

💡 Tip do Ti: Evite roupas muito curtas e sempre pergunte antes de tirar fotos. O respeito aqui vale mais que qualquer souvenir.


Tacacá, tambaqui e o X-Caboquinho

Viajar sem comer é tipo ir ao Rio e não ver o mar. E em Manaus, a gastronomia é um dos pontos altos da viagem. Sério, você vai querer voltar só pelo paladar.

  • Tacacá: uma “sopa” quente de tucupi, goma de mandioca, camarão seco e jambu. É vendido em cuias por R$ 15 a R$ 20. O da Gisela, no Largo de São Sebastião, é patrimônio da cidade!
  • Tambaqui de banda: peixe assado com a pele crocante e carne suculenta. Vem acompanhado de baião de dois e vinagrete. Pode experimentar no Caxiri ou no Banzeiro, restaurantes bem famosos por lá.
  • X-Caboquinho: o lanche mais manauara que existe. Pão francês, banana pacovã frita, lascas de tucumã e queijo coalho derretido. Melhor café da manhã da vida.
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💡 Tip do Ti: Vai pedir o X-Caboquinho? Pergunta se tem com tucumã fresco! O sabor muda muito e o fresquinho é incomparável.

Quando visitar Manaus: cheia ou seca?

Essa dúvida rende até debate em mesa de bar entre viajantes! Mas relaxa que eu te explico tudo:

  • Cheia (dezembro a junho): Os rios transbordam e transformam a paisagem numa verdadeira “Veneza amazônica”. É a melhor época pra quem quer fazer passeios de barco, entrar nos igapós, ver o Encontro das Águas bombando e fotografar espelhos d’água cinematográficos. A umidade é alta, mas a vibe é 10/10.
  • Seca (julho a novembro): O nível dos rios baixa e surgem praias fluviais incríveis, como a da Ponta Negra. Também é o momento ideal pra fazer trilhas na mata, visitar comunidades mais afastadas e tomar banho de rio sem medo de ser feliz.

💡 Tip do Ti: Eu fui na transição entre maio e junho e peguei o melhor dos dois mundos — o nível dos rios ainda alto, mas já começando a surgir umas prainhas. Se puder, mira essa época!


Dicas de segurança e etiqueta na floresta

Viajar pra Amazônia é uma experiência intensa, mas exige uns cuidados básicos. Então anota aí as dicas marotas do Ti pra evitar perrengue:

  • Repelente é ouro líquido: leve sempre, use sempre.
  • Roupas leves e longas: preferencialmente em cores claras. Calça de trilha + camiseta manga longa é o dress code da selva.
  • Não alimente animais e nem toque na fauna, mesmo que pareçam “fofos”.
  • Hidrate-se: calor + trilha + barco = sede tripla.
  • Evite perfumes fortes. Eles atraem insetos e espantam os animais que você quer ver.
  • Leve dinheiro em espécie: alguns passeios e comunidades não aceitam cartão.

💡 Tip do Ti: A floresta tem o próprio ritmo. Respeita. Escuta. Observa. Não vá com aquela pressa de check-list. Vai com coração aberto.


Hospedagens em Manaus: do centro à selva

Agora vamos falar de onde dormir depois de tanto rolê! Em Manaus, dá pra combinar um hotel urbano confortável com uma imersão selvagem num lodge de selva.

No Centro Histórico:

  • Villa Amazônia Hotel: pertinho do Teatro Amazonas, com decoração chique e piscina com vista pro casarão antigo.
  • Hotel Juma Ópera: visual colonial e vista pro Teatro. Ideal pra quem curte charme com conforto.

Fora do centro:

  • Tropical Executive: na Ponta Negra, com vista linda do Rio Negro.
  • Ibis Budget Manaus: opção econômica e funcional, boa pro básico com conforto.

Experiência na selva:

  • Juma Amazon Lodge: bangalôs sobre palafitas no meio da floresta. Programação completa com guias e atividades.
  • Anavilhanas Jungle Lodge: top de linha, com estrutura excelente e até piscina de borda infinita com vista pra mata.
  • Uakari Lodge (em Tefé): pra quem quer uma experiência mais isolada, em área de conservação.

💡 Tip do Ti: Combine 1 ou 2 noites no centro e mais 2 no hotel de selva se puder. O contraste é surreal, do barulho da cidade pro silêncio verde da floresta.

Mapa dos pontos turísticos

🗺️ Roteiro Visual: 2 Dias em Manaus-AM

Confira no mapa abaixo os principais pontos turísticos do nosso roteiro completo em Manaus, organizados pra você!

Conclusão: Por que Manaus é a porta da Amazônia

Manaus não é só o ponto de partida pra Amazônia, ela é a própria Amazônia pulsando. Em dois dias, dá pra viver uma montanha-russa de sensações: da sofisticação do Teatro Amazonas ao barulho das folhas na mata fechada, do sabor picante do tacacá ao silêncio místico do Encontro das Águas.

Voltei com a alma lavada de rio e a memória carregada de histórias. É o tipo de destino que te transforma sem precisar ir muito longe, e que deixa vontade de voltar pra explorar mais, mergulhar mais fundo e, quem sabe, se perder de novo no meio do verde.

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💬 Não esquece de contar nos comentários qual foi seu maior perrengue viajando por aí!


FAQs – Perguntas frequentes sobre Manaus

1. Preciso de vacina pra visitar Manaus?
Recomenda-se vacina contra febre amarela. Leva a carteirinha atualizada!

2. Dois dias são suficientes pra conhecer Manaus?
Dá pra ter um bom panorama da cidade e fazer os principais passeios, mas 3 ou 4 dias seria o ideal pra incluir mais trilhas e tempo na floresta.

3. É seguro andar pelo centro de Manaus?
Sim, mas como toda cidade grande, evite andar sozinho à noite em áreas desertas e fique de olho nos seus pertences.

4. Os passeios de barco funcionam na época da seca?
Sim! Só muda a paisagem e o trajeto. Em vez de igapó, rola mais praia fluvial e ilhas.

5. Onde contratar passeios com segurança?
Sites como Civitatis e Get Your Guide são famosos e uns dos mais indicados. Vale reservar antes da viagem, principalmente na alta temporada.

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